2009-04-20

Stone by Kartell



Quando passei por Copenhaga nos finais de 2007 reparei em muitas montras na presença do banco que mostro na figura ao lado, em várias cores, além do incolor e deste preto/cinzento.

De regresso a Lisboa encontrei-o na loja da Dimensão em Alvalade e comprei-o logo.

Tem as mesmas dimensões do Tam Tam do post anterior, 30 cm de diâmetro e 45 cm de altura, mas chama-se “Stone”, é feito em policarbonato pela Kartell, com design de Marcel Wanders, um designer holandês nascido em 1963, que dizem aqui que desenhou este banco belíssimo no ano de 2006.

A forma geral aproxima-se bastante dum hiperbolóide de revolução mas claro que a sua superfície polifacetada o distingue logo desse tipo de superfície.

Julgo que o nome virá de parecer uma pedra das preciosas. Aqui poderão ver mais imagens.

2009-04-15

Tam Tam


Quando fiz a minha primeira viagem a Paris em 1970 encontrei este simpático banquinho, já não me lembro bem em que contexto, em que mostravam também umas pequenas variantes em que o assento era substituído por um tampo de uma mesa baixa ou por um globo translúcido para fazer um candeeiro.

Quando regressei a Portugal comprei um banco branco que durou bastante tempo, até ser substituído por este preto, comprado há muitos anos, julgo que numa rua transversal da Avenida da Igreja.

Agora que queria mostrá-lo neste blogue tirei a fotografia aqui ao lado e reparei que tinha um auto-colante com as palavras “Tam Tam”.

O Google mostrou-me logo muitas referências a este objecto de linhas tão simples e elegantes.

Do que li em vários sítios, trata-se dum objecto concebido por Henri Massonnet, um fabricante de alguidares de plástico e de outros acessórios para pescadores que projectou este banco em 1968. Num ano vendeu mais de 12 milhões de exemplares.



O objecto é feito com propileno , tem 30cm de diâmetro e 45 cm de altura, compondo-se das 3 peças mostradas na figura ao lado, duas com uma forma cónica e o disco que serve de tampa.

Tentei assentar sobre a superfície uma linha esticada entre as duas bases mas tal não foi possível, o que mostra que a superfície não é um hiperbolóide de revolução, tendo uma “cintura” mais delgada do que o hiperbolóide mais fino apoiado nas duas bases

É difícil prever o sucesso de qualquer produto, bem como identificar quais as características que o levaram ao sucesso, se qualquer uma destas tarefas fosse fácil não haveriam produtos fracassados.

Neste banco gosto muito da elegância da forma, da simplicidade, do potencial de ser muito barato, da leveza, da facilidade de transportar vários, encaixados uns nos outros. Nos defeitos vejo a falta de conforto, que não é por qualquer erro de projecto mas por ser essencial à forma de um banco e o problema da leveza que leva a que seja facilmente arrastado pelo vento.

Talvez por ter nascido num país com muito pouca indústria fartei-me das soluções artesanais que, para serem boas, precisam de artesãos altamente treinados, exigindo muitas vezes um tempo de execução considerável, sendo inacessíveis à classe média. O que eu gosto mesmo é de produtos industriais com qualidade (beleza da forma, funcionalidade) que possam ser fabricados a baixo custo e em massa, como as folhas das plantas dum post recente. Acho que esta foi outra das razões principais da minha simpatia por este banco.




Em Dezembro de 2007 revi o objecto nas Galerias Lafayette em Paris, agora com um acabamento em cromado num relançamento aos quase 40 anos de idade.

2009-04-13

Duas rosas vermelhas

Num restaurante trouxeram-nos estas rosas dentro do prato da sobremesa, suponho que para fins estritamente decorativos. A da esquerda ainda tem uns restos do açúcar em pó que polvilhava o resto. Gostei do vermelho sobre o branco da toalha.


2009-04-06

Produção em massa

Ao revisitar as fotos do CD sobre o Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian chamou-me a atenção esta imagem de um feto comum na Austrália e ilhas próximas, com o nome Dicksonia antarctica. Claro que se sabe que a produção em massa já tinha sido usada pela natureza ao replicar vezes sem conta os seus seres vivos bem sucedidos, mas esta imagem muito ordenada de folhinhas todas parecidas fez-me pensar na produção industrial.




Mostrando também uma organização implacável temos aqui outro feto, um Polypodium, um género de que se falava antigamente com detalhe no ensino secundário.


2009-04-03

Reino da geometria

Gostava de continuar a falar de palácios mas tenho andado com pouco tempo disponível para este blogue e decidi voltar a recorrer às imagens do Jardim Calouste Gulbenkian que vinham no CD referido neste post .

Esta imagem é de uma planta que parece uma palmeira, que se chama Cycas revoluta. Gostei da interferência das duas folhas revelada através das respectivas sombras. A Botânica é também o reino da geometria.