2009-09-30

Mobilidade em Pequim

Face aos enormes problemas de poluição em Pequim, as autoridades decidiram proibir os motores a dois tempos, fontes de poluição sonora e atmosférica. As bicicletas a pedais deixaram de ser o meio de transporte mais frequente, vendo-se actualmente com frequência veículos de duas e três rodas com motorização eléctrica. É notável a ausência de ruído deste tipo de veículos. Neste aspecto específico Pequim adiantou-se a muitas outras cidades. Vêm-me à memória as vespas das cidades italianas, indispensáveis nos centros históricos de ruas estreitas, que muito ganhariam com a electrificação desses veículos.

Nesta imagem vê-se um motociclo, com pedais auxiliares, como numa motorizada Honda que tive há muito tempo



seguida doutra que mostra uma bicicleta (da Pizza Hut...) com a bateria e talvez alguma electrónica de controlo nuns objectos de forma prismática por baixo do assento



e ainda outra apenas com o receptáculo para colocar a bateria que estaria a carregar ou a bom recato:



A rede de metropolitano de Pequim pareceu-me pequena para os vinte milhões de habitantes da cidade. Como os chineses se estão a motorizar a grande velocidade, já têm os engarrafamentos característicos dessa motorização, como imagem a seguir.



Existe racionamento de circulação baseado nos números das matrículas. Às 2ªs não circulam as matrículas terminadas em x, às 3ªs em y, etc.

2 comentários:

Helena Araújo disse...

Em São Paulo também existe esse racionamento da circulação - chama-se rodízio.
Os mais ricos têm vários carros, para saírem sempre que lhes apetece.

Estive há 9 anos em Pequim, e não vi nada desses engarrafamentos. Milhões de bicicletes, isso sim, mas pouquíssimos carros. Estranho (assustador) como as coisas mudam depressa.

jj.amarante disse...

Continuam a ver-se bicicletas mas talvez como na Holanda, mais do que a média europeia mas nada de tão maciço como antigamente. Em Cantão há 20 anos vi uma vez uma multidão ao longe a atravessar a rua, na Europa seriam peões atravessando uma passadeira, mas achei estranho que as cabeças deslizassem, em vez de terem aquelas pequenas oscilações verticais que ocorrem quando se anda. Só depois vi que não eram peões mas ciclistas.