2011-08-29

Encosta dos Olivais num fim-de-tarde da Primavera

Muitas vezes passa bastante tempo entre o momento em que tiro uma foto e quando a publico. Foi o caso destas, tiradas em 21/Abril deste ano e que só agora aparecem aqui. Todas elas foram tiradas num terreno bastante inclinado do bairro dos Olivais em Lisboa, onde as pequenas plantas estavam iluminadas por uma luz rasante, dando um grande protagonismo às pequenas espigas que pareciam emitir uma luz própria.

Na primeira, desta série de 3, predominam as flores dos trevos, na sua variante roxa normalmente menos frequente do que a branca



na segunda destacam-se as tais "espigas luminosas"



e na terceira temos os "pontos brancos sobre verde".



Se alguém estiver interessado poderei colocar no álbum Picasa versões com mais pixels destas imagens (que têm 800x600). Normalmente não o faço por pensar que muito poucos leitores estarão interessados.

2011-08-26

Calçada Platónica

noutra altura há muito tempo referi o meu gosto pelo mundo platónico das formas geométricas perfeitas.

O mosaico que segue, com as linhas separadoras entre as áreas desenhadas com o MS Excel e com as áreas pintadas noutra aplicação, é uma abstracção duma calçada que tenho visto no meu caminho diário para a praia.

Noutro post tenho uma imagem parecida mas aí estava a falar da ausência de regularidade dos mercados enquanto aqui só me estou a interessar pela geometria.



A imagem é uma idealização da realidade e talvez o contraste branco-preto seja excessivamente maniqueísta. Assim, arranjei uma versão em que o preto passa a um cinzento muito escuro e o branco deixa de ser tão imaculado, adquirindo uns tons calcários ou arenosos.

2011-08-24

Hibisco

Esta planta é muito comum em Portugal e ainda mais no Algarve.


Colocando esta foto no Google images apareceram-me, entre várias flores vermelhas, várias imagens de flores da mesma espécie. Existem muitas espécies dentro do género hibiscus, esta parece-me ser a Hibiscus rosa-sinensis, da qual existem variantes. Esta é mais vermelha do que rosa e existe outra variante (que não sei se será uma espécie diferente) com o centro das pétalas avermelhado mas com a maior parte da pétala num rosa tão pálido que é quase branco.

A seguir está uma vista "de perfil" da flor,


onde se destaca uma das características visualmente mais marcantes destes hibiscos, o aparelho reprodutor muito protuberante.

Na terceira imagem mostro um conjunto de 3 flores, integradas no seu arbusto, sobre um céu azul do Algarve.

2011-08-19

Flor de nome desconhecido

Estou em férias, desta vez a foto saiu como julgo que vem nos livros, o motivo bem focado o fundo já nem por isso. Ficou assim por ser um fim de tarde e haver pouca luz, não dava para grandes profundidades de campo, a máquina tem tantos parâmetros que não os consigo controlar a todos.

Acho graça aos bocadinhos de céu azul em forma de círculos desfocados.



Ainda coloquei a flor central no Google Images, a ver se me aparecia uma flor igual mas esta faceta da aplicação ainda está fraca, saíram-me rosas mais ou menos avermelhadas, uma papoila e acho que uma petúnia.

Não sei o nome destas "campainhas", não as tenho visto em Lisboa, mas à volta de Viseu eram comuns. A flor tem uns 6 cm de diâmetro e aparece em conjuntos como se vê nas imagens seguintes. Agradeço que me digam o nome desta planta.


2011-08-09

Mulheres do Taiti


Não morro de amores por ilhas desertas ou pouco povoadas, mas no meio de tanta crise no mundo que chamamos desenvolvido, é forçoso reconhecer alguma razão aos discursos de Tuiavii, chefe de tribo de Tiavéa, nos mares do sul, depois de uma visita à Europa, sobre o Papalagui, o nome que dava ao Europeu.

É possível que se esteja a assistir à concretização da impossibilidade do planeta Terra suportar os 7 mil milhões de habitantes com padrões de consumo ocidentais, ou à insustentabilidade de se auferirem salários ocidentais mas usando produtos feitos todos na Ásia com salários asiáticos, ou que se trate apenas de mais uma crise cíclica do capitalismo da qual sairá cheio de energia.

Enquanto tentamos perceber os tempos interessantes em que vivemos, podemos usar algum tempo para contemplar estas duas mulheres do Taiti, cuja beleza e tranquilidade foram fixadas por Paul Gauguin.


Normalmente encontro as melhores reproduções de quadros na Wikipédia mas desta vez foi aqui.

2011-08-06

Sophie Dahl

A pele muito branca do quadro do post anterior fez-me lembrar esta imagem magnífica da modelo Sophie Dahl, num anúncio ao perfume Opium da Yves Saint-Laurent, fotografada por Tom Ford e Steven Meisel em 2000.



Diz aqui que o anúncio foi retirado dos cartazes de rua na Inglaterra na sequência de queixas à Autoridade da Publicidade desse país.

A imagem, de tão tratada, talvez nem devesse ser considerada uma fotografia, dada a grande dose de irrealidade que contém, além da encenação cuidadosa, em que nada é deixado ao acaso. Por outro lado, encenações cuidadosas e pós-tratamento intenso das fotos são tão comuns nas revistas dos tempos que correm que até já há processos de publicidade enganosa para anúncios de produtos para a pele em que a fotografia do modelo beneficiou dum rejuvenescimento com o software Photoshop ou semelhante. Trata-se portanto de uma imagem melhorada da realidade.

A imagem lembrou-me também a expressão “ombros ebúrneos”, sabia que eram ombros de uma pele muito clara, vi agora que querem literalmente dizer “da cor do marfim”. Um dos escritores que usava o adjectivo era o Camões, lembrava-me desta referência do liceu, é engraçado como estas expressões que já ninguém usa nos ficam na cabeça. Neste caso além dos ombros temos o privilégio de ver uma mulher toda ebúrnea ou uma pele devidamente clareada para ficar ebúrnea.

Sophie Dahl, além de modelo para fotógrafos famosos e de ter mantido colunas em vários jornais, já escreveu 3 livros e tem um programa de culinária na BBC2, referido também aqui e aqui.

A imagem, com bastantes pixels, fui buscá-la aqui.

2011-08-03

Hermenegildo Anglada Camarasa (1871-1959)

Julgo que em 2008, numa visita ao museu da Rainha Sofia em Madrid, gostei muito deste quadro que não sei se faz parte da exposição permanente ou se estaria exposto numa temporária. Na altura não fotografei o quadro com o telemóvel porque pensei que as cores iriam ficar pouco fiéis e que na net seria fácil encontrar uma imagem. Desta vez tive dificuldade de encontrar imagens deste quadro com uma dimensão decente, desisti na altura mas há poucos dias, já não me lembro porquê, voltei a procurar e desta vez tive mais sucesso:



O quadro chama-se "Sonia de Klamery", o nome do modelo, é uma obra do pintor catalão Camarasa, é notória a influência do Klimt ou do movimento austríaco da secessão vienense. Encontrei a imagem aqui, onde estão várias outras obras deste pintor e aqui, onde existem outras boas (e com muitos pixels) reproduções de outras obras.