2011-11-08

How do you get to Tipperary? – Well, I would not start from here

Num e-mail profissional que me chegou há poucos dias passei por esta pérola de nonsense inglês/irlandês:

as the Irishman responded to the question “how do you get to Tipperary?” – “well, I would not start from here”

que traduzo de forma livre

- Qual o caminho para Tipperary?
- Bem, eu não começaria a viagem por aqui.

Mas a frase era usada nesse e-mail para ilustrar que se pode tentar resolver um problema partindo de sítios diferentes e que o absurdo da resposta pode desaparecer (ganhar sentido) num contexto em que sejamos livres de escolher o ponto de partida .

Vem isto também a propósito da proposta injusta do actual governo de roubar retirar duas das 14 prestações que constituem o vencimento anual dos funcionários públicos.

O Partido Socialista parte para a contestação a esta medida propondo que o governo “devolva” um dos alegados subsídios. É um péssimo ponto de partida. Não é sítio de onde se parta para chegar a Tipperary. Metade de uma injustiça continua a ser uma injustiça.

Já Rui Rio considera a medida injusta e propõe que se aumente provisoriamente o IRS. É também o que eu considero que deve ser feito, enquanto o governo não consegue identificar os serviços do Estado que criam pouco valor para o contribuinte. Após essa racionalização que antes das eleições nos prometeram ser fácil, esse esforço provisório será desnecessário.

Entretanto pensei que com esta conversa sobre Inglaterra tinha um bom pretexto para apresentar outra imagem outonal dos maravilhosos Kew Gardens, desta vez árvores e uma casa com tons de Outono sobre um tapete verde



E fui também ver onde era Tipperary, que constatei ficar na Irlanda.

Dos meus tempos de liceu, ficou-me a memória do refrão desta canção:

It's a long way to Tipperary,
It's a long way to go.
It's a long way to Tipperary
To the sweetest girl I know!
Goodbye Piccadilly,
Farewell Leicester Square!
It's a long, long way to Tipperary,
But my heart's right there.

que vi agora na Wikipédia ter aparecido durante a primeira Grande Guerra numa unidade militar irlandesa ao serviço ainda de Sua Majestade e que se propagou ao resto do exército britânico.

Fechando o parêntesis desta divagação sobre Tipperary volto aos Kew Gardens, desta vez às estufas baptizadas de “Princess of Wales” de que muito aprecio o ritmo arquitectónico



Nas estufas controlam a temperatura e a humidade.

No jardim alpino que mostro a seguir fui surpreendido pelos tubos metálicos brilhantes que constatei depois serem usados para criar correntes de ar frio, apropriadas para as plantas que medram nas zonas das montanhas onde sopram quase sempre ventos gelados.


Dessas plantas dos montes gostei desta Sempervivum montanum (Crassulaceae), com as folhas organizadas como uma flor de rosa, mas mais carnudas e de cor verde:

Sem comentários: