2014-02-25

A globalizaçao tem dias


Um dia destes numa conferência em que estive mostraram esta figura contendo estimativas (em Out/2013 estimaram valores de Nov/2013) dos preços do Gás Natural Liquefeito em vários pontos do globo.



Fui à procura desta informação e descobri esta figura aqui.

Não me vou alongar sobre um tema que não domino mas para um leigo é surpreendente que num mundo alegadamente tão globalizado possam subsistir diferenças de preço tão grandes para um produto de uso tão global.





2014-02-21

Corvos-marinhos na base dum pilar da Ponte Vasco da Gama


Nos meus curtos mas frequentes passeios à beira-rio tinha notado a existência de numerosas aves, de cor escura, na base de um dos dois pilares mais altos da Ponte Vasco da Gama.

Como era o pilar mais afastado da margem era difícil ver do que se tratava pelo que pedi emprestada uma máquina fotográfica com um zoom óptico de 18x, tendo constatado que no seu alcance máximo este zoom é equivalente a uma distância focal de 450mm para uma máquina de rolo de 35mm.


Para ter mais luz fui ao local cerca das 3 da tarde, num dia da última semana do passado mês de Janeiro, constatando que as aves primavam pela ausência, à excepção do que parecia ser uma gaivota. Decidi voltar ao fim da tarde e lá estava a multidão habitual iluminada pela luz do sol poente



Na foto contei umas quarenta aves e mais aquela pernalta do lado esquerdo que não fazia parte do bando.

Enquadrando uma parte da foto e mostrando a resolução máxima vê-se melhor na imagem seguinte pelas silhuetas que se tratam de corvos-marinhos, que referi há bastante tempo neste post



Fotografando um pouco mais para a direita



e mostrando a ampliação vê-se finalmente um corvo-marinho com as asas abertas a ver se secam, disseram-me que como as penas não são impermeáveis, talvez para facilitar mergulhos a maiores profundidades, os corvos-marinhos colocam muitas vezes as asas nesta posição estendida


Na imagem seguinte parece haver outro corvo-marinho de asas abertas, afinal não fazem isso tanto como dizem. Julgava que se conseguiam fotografias melhores com as máquinas compactas de grande zoom óptico. Afinal aquelas objectivas com um cilindro enorme e pesado ainda são insubstituíveis para algumas tarefas...





2014-02-15

Chorão à beira-rio


Gosto de ver esta árvore nos meus passeios à beira-rio e já a tinha mostrado em Jun/2012 neste post, onde aparecia numa foto tirada em Mai/2012 e que mostro na imagem a seguir:


 Entretanto,o post da última passagem do ano em que a propósito do pintor japonês  Hiroshige mostrei esta imagem



renovou o meu interesse por esta árvore. O sítio da internet onde encontrei esta obra do Hiroshige foi o do jardim botânico de Chicago, em que referiam que estavam a podar um "willow" existente na secção japonesa do jardim para ficar parecido com a estampa. "Willow" em português significa Salgueiro, árvore muito referida na literatura mas que só agora constatei na wikipédia ser um quase sinónimo de chorão.

Em 9/Jan/2014 tirei então esta foto, mais uma vez ao fim da tarde, achei que a árvore já ficaria pouco mais despida de folhas do que nessa altura.




Era relativamente evidente que a árvore tinha sido podada na parte de baixo, não era de esperar que os ramos ficassem todos à mesma distãncia do chão, verifiquei agora que em Mai/2012 a árvore era nesse aspecto mais irregular. Mostro a seguir a mesma foto mas enquadrando apenas a árvore




E termino com outra foto mais luminosa que tirei às 3 da tarde de 21/Jan/2014:



2014-02-10

Depois da Tempestade virá a Bonança



Depois da tempestade virá a bonança, como neste fim de tarde à beira Tejo, em 9 de Dezembro de 2013.





Para tempos mais abonados poder-se-à mesmo desfrutar da calma do fim da tarde neste agradável terraço do Lake Palace Hotel, situado em Udaipur, cidade do estado do Rajasthan, na Índia, que foi cenário do filme "Octopussy" do James Bond



e que já referi aqui.

Além de uma ida a Bruxelas tenho-me dedicado a digitalizar umas fotos antigas que só existiam em álbuns da família. Depois de digitalizar fotos é difícil  resistir à tentação de dar uns retoques, tarefa que tende a eternizar-se, deixando menos tempo disponível para este blogue

Por outro lado sinto-me cansado dos disparates que vão sendo notícia e poder-se-à aplicar o ditado "em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".

Continuo a pensar que o governo deve cumprir a lei existente (estou agora a pensar nos quadros do Miró), se não gostar da lei pode sempre alterá-la, directamente ou através da maioria parlamentar que o apoia, desde que dentro dos limites constitucionais.

2014-02-03

Argumentum ad hominem


Na edição do jornal Expresso de 25/Jan/2014, na entrevista ao banqueiro António Horta Osório, à pergunta “Portugal vai conseguir pagar a dívida?” o entrevistado respondeu: “O importante não é pagar a dívida, mas que a dívida se mantenha dentro de rácios razoáveis em relação à riqueza criada. Enquanto os privados devem pagar as dívidas ao longo do seu ciclo de vida, as empresas e os Estados, que não têm um ciclo de vida, não precisam de o fazer. Têm é de pagar o serviço da dívida”.

Não notei nesta semana que passou nenhum alarme sobre estas afirmações.

Já o mesmo não se passou quando, nos finais de 2011 apareceu esta notícia, por exemplo no Correio da Manhã em 7/Dez/2011:
«
O ex-primeiro-ministro José Sócrates comentou em Paris a crise na Europa, durante uma conferência com colegas universitários da Sciences Po, onde estuda Ciência Política. "Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei", disse.”

"Claro que não devemos deixar crescer a dívida muito, porque isso pesa depois sobre os encargos. Todavia, para um país como Portugal, é essencial financiamento para desenvolver a sua economia. É assim que eu vejo as coisas", concluiu Sócrates. A palestra teve lugar a 3 de Novembro numa sala do campus universitário de Poitiers, cidade onde há um pólo da Sciences Po.
»

Houve um clamor de vozes criticando a irresponsabilidade do ex-primeiro-ministro por alegadamente defender a ideia que as dívidas não são para se pagar.

É curioso como algumas técnicas da disciplina de Retórica, já conhecidas no tempo do império romano, como atesta o título deste post, continuam a ser usadas passados milénios e ainda têm algum efeito, quando já desde essa altura se sabe que algumas delas e esta especificamente não passa de uma falácia, o argumento é rejeitado não pelo seu conteúdo mas porque foi usado por um “inimigo”.

A wikipédia tem uma entrada “Argumentum ad hominem” onde explica a estrutura lógica:
•    O autor X afirma a proposição P;
•    Há alguma característica considerada negativa em X;
•    Logo, a proposição P é falsa.

Daí fui dar a esta entrada sobre “The Art of Being Right” onde encontrei este quadro de Paolo Veronese com o título “Aracne ou a Dialéctica