2014-10-28

Rotundas



Um destes dias recebi mais um power-point com fotografias de cenas antigas, em que reparei neste engarrafamento numa cidade francesa.



Os mais jovens não reconhecerão a maior parte dos modelos. Entre outros estão 2 Peugeot 203 em primeiro plano, vendo-se também Renault 8, Peugeots 403, Renault Dauphine, Renault 4L, Citroën 2CV, Citroën “arrastadeira”, Simca Aronde, uma “Joaninha” Renault, etc.

Além da confusão que a presença, quer de sinais luminosos, quer de uma simples rotunda teria minorado muito, nota-se que praticamente só se vêem carros franceses. A foto deve ter uns 50 ou 60 anos e a então jovem CEE (Comunidade Económica Europeia) devia estar a dar os primeiros passos na abolição de taxas alfandegárias sobre automóveis. Em portugal viam-se automóveis de todos os países, dada a nossa situação de ausência de indústria automóvel mas, em qualquer país onde se fabricassem carros, a esmagadora maioria era de origem nacional.

A grande desorganização das filas de trânsito, formando ângulos tão agudos que os carros tinham boas hipóteses de chocarem frontalmente lembrou-e esta cena que fotografei no Cairo em Abril de 2006, ao pé do Museu Egígcio e da praça Tahrir, muito antes do derrube do presidente Mubarak








Fiquei algo embasbacado a olhar para aquela confusão e para a promiscuidade entre peões e veículos motorizados.

As rotundas em Portugal têm sido objecto de muitas críticas, parece-me que poderá haver uma ou outra de utilidade duvidosa e a estética das esculturas será frequentemente discutível, mas são na maior parte das vezes bastante úteis, reduzem o número de acidentes, não necessitam da manutenção requerida pelos sinais luminosos e são muito mais baratas do que viadutos.

Neste artigo da BBC, os ingleses reivindicam sua invenção e sentem-se orgulhosos por os Norte-Americanos estarem a expandir significativamente a implantação de rotundas no seu território!

Sem comentários: