2017-11-23

Infarmed


É inacreditável a decisão de mudar o Infarmed de Lisboa para o Porto, sem nenhuma razão plausível além duma alegada necessidade de descentralizar e imediatamente a seguir ao insucesso da candidatura da cidade do Porto para albergar a Agência Europeia do Medicamento.

O Partido Socialista enchia a boca a dizer que as pessoas não são números, são pessoas e agora decide sem razões funcionais perturbar as vidas das famílias das pessoas que trabalham no Infarmed.

Os administradores e os expatriados "saem da sua zona de conforto" com confortos adicionais que mais do que compensam essa saída, confortos que são impossíveis de garantir aos trabalhadores do Infarmed.

A retórica de que as pessoas estão primeiro dá lugar à arbitrariedade do príncipe, que quer, pode e manda. As razões da mudança não são políticas, são arbitrárias, porque é essa a ordem de quem manda.

A descentralização deve ser feita criando as novas instituições fora de Lisboa e não mudando extemporaneamente instituições em funcionamento sem razões ponderosas.

O governo de António Costa começa a dar múltiplos sinais de desnorte, iniciou a curva descendente.

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